ADHP e AEDH anunciam protocolo ibérico de cooperação

A ADHP – Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal e a AEDH – Asociación Española de Directores de Hotel assinaram um acordo de cooperação com o objetivo de estreitar relações “entre as organizações do setor do turismo e da hotelaria” dos dois países.

São também objetivos do protocolo o progresso científico e a aplicação das melhores práticas da indústria, bem como a formação turística especializada – aspeto que está no centro da missão de ambas as associações.

O acordo foi assinado em Madrid no contexto das comemorações dos 50 anos da AEDH e antecipa o quinquagésimo aniversário da ADHP, que será celebrado em 2023.

A assinatura do protocolo contou com a presença de Fernando Garrido, Presidente da ADHP, e Manuel Vegas Lara, Presidente da AEDH. Os dois dirigentes assinalaram a importância do acordo para o desenvolvimento de uma cooperação intraibérica entre setores.

“A ADHP tem estabelecido acordos de cooperação com diversas organizações no sentido de oferecer aos associados a melhor representação possível. O protocolo com a AEDH vai criar uma ponte ainda maior para a partilha de recursos e competências entre os setores do turismo português e espanhol. A nossa relação com a AEDH tem sido marcada por uma proximidade contínua e planeamos cooperar de forma mais profunda no futuro próximo”, refere Fernando Garrido, Presidente da ADHP.

“Para a AEDH, colaborar com a nossa querida associação irmã, a ADHP, é uma motivação para continuar a fomentar uma relação muito próxima entre o setor turístico espanhol e português. Estamos unidos nas nossas necessidades profissionais e educativos, e juntos criaremos um horizonte melhor para os nossos jovens talentos. Juntos seremos uma força impulsionadora de novas tendências e do turismo 3.0”, afirma Manuel Vegas Lara, Presidente da AEDH.

Este protocolo assinala o fim de um ano marcado pelo reforço do dinamismo associativo da ADHP, com o início de um novo mandato, a organização do XVIII Congresso Nacional, a atribuição dos Prémios Xénios 2022 e a participação da associação em mesas-redondas e eventos do setor. Destaque ainda para a assinatura de um protocolo com a AHETA – Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, duas novas edições do Curso de Especialização em Direção Hoteleira e o lançamento do projeto “Be Our Guest”.

Controle de custos em destaque na VII Convenção HotelShop

Teve lugar em Lisboa, no passado dia 30 de Novembro, a VII Convenção bianual organizada pela central de compras HotelShop+SocialShop, este ano com o tema Gestão Estratégica de Compras.

O evento contou com perto de 400 participantes, que ao longo de um dia ouviram intervenções de um conjunto diversificado de oradores, cobrindo temas relacionados, direta ou indiretamente, com a gestão de custos.

O facto de estarmos a viver uma conjuntura de elevada inflação foi especialmente relevado por vários intervenientes como uma razão acrescida para que a área das compras seja considerada ainda mais estratégica, e menos acessória, na operação das empresas.

O evento incluiu intervenções de Neale French, António Bóia e Marta Sotto-Mayor, com um foco mais técnico sobre gestão de custos, e de Carlos Abade, do Turismo de Portugal, que apresentou perspetivas bastante positivas de procura turística para 2023. O painel “Logística e custos de abastecimento” com os CEOs da Sogenave e Parmalat/Lactalis, também perspetivou uma evolução positiva – com recuperação no próximo ano de uma situação algo caótica no abastecimento de matérias-primas e produtos.

No painel com Isabel Jonet, Presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, e o economista João César das Neves, foi referido o impacto elevado da inflação sobre as IPSS e a quase inexistência de apoios públicos para os compensar.

Holger Marquardt, CEO da Mercedes-Benz Portugal, chamou a atenção para a evolução do segmento de veículos elétricos, relevando o aumento da sua autonomia em kms e chamando a atenção para o atraso dos hoteleiros em dotar as suas unidades com postos de carregamento.

O político e comentador Luís Marques Mendes partilhou a sua perspetiva sobre o futuro do turismo e do setor social. Quanto ao turismo, manifestou otimismo quanto à sua evolução nos próximos anos, mas alertou para a importante limitação derivada do atraso, que rotulou de “inexplicável”, do novo aeroporto de Lisboa.

O evento terminou com a entrega dos Prémios Best Buyer e Best Supplier 2022, a cargo do apresentador televisivo Jorge Gabriel, referentes à performance dos melhores compradores e fornecedores da hotelaria em 2022.

Adyen Retail Report:79% dos portugueses espera por baixas de preços para fazer as suas compras

Os resultados anuais do Retail Report da Adyen plataforma global de tecnologia financeira mostra que os retalhistas continuam a investir em planos de digitalização, com 38% a dispor de uma estratégia de digitalização formal e ativa, em conjunto com 28% que refere estar em fase de planificação, enquanto 7% afirma ter unificado os canais físicos e digitais.

Estes dados locais, recolhidos e analisados pela Adyen obtidos através de inquéritos online, em setembro de 2022, a um total de 400 retalhistas com mais de 50 empregados em Portugal, e a 1001 consumidores residentes em território, revelam uma transformação nos hábitos de consumo do nosso país como consequência direta das recentes transformações do mercado. A pandemia e, mais recentemente, a guerra na Ucrânia, reformularam o perfil dos consumidores e provocaram novas mudanças na forma como estes fazem as suas compras. Como consequência, os dados mostram que quase 6 em cada 10 portugueses não fazem compras tão frequentemente como costumavam, e que o número que tem poupanças subiu quase 10% face ao ano anterior, com 4 em cada 10 a admiti-lo.

Embora o ano passado se tenha registado uma maior adesão à loja física como consequência do alívio das medidas de restrição à COVID-19, 2022 espelha um regresso ao online, com apenas 39% a optar por comprar numa loja física face aos 60% de 2021. Ainda assim, os portugueses procuram uma maior flexibilidade nas suas compras, com 7 em cada 10 consumidores a preferirem uma experiência de retalho unificada, permitindo-lhes, por exemplo, comprar online e devolver em loja (63%). De facto, este continua a ser o canal preferido pelas marcas, com quase 5 em cada 10 a nomear a loja física como o seu canal de venda mais utilizado.

Juan José Llorente, Country Manager da Adyen para Portugal e Espanha, afirma que “é importante observarmos as várias mudanças nos hábitos de compra dos consumidores, e comprovarmos que existe a procura por uma plataforma financeira com a flexibilidade necessária para apoiar e implementar uma verdadeira transformação. ”Acrescenta ainda que “num cenário de transformação digital, cada vez mais visível em Portugal, e no qual a Adyen se encontra empenhada a ajudar os seus clientes a oferecem uma experiência phygital, podemos concluir que a otimização da viagem do cliente através da disponibilização de múltiplos canais de pagamento é já o objetivo de 82% dos retalhistas, um dado revelador e otimista num momento de particular incerteza económica.”

É, por isso, essencial seguir a tendência do mercado e procurar integrar o melhor do mundo físico e digital. Apenas assim será possível oferecer uma experiência unificada de retalho, e ao mesmo tempo ter flexibilidade suficiente para adaptar um negócio à procura dos consumidores.

Da experiência física à online

Cerca de 5 em cada 10 consumidores em Portugal fez mais compras online em 2022 que no ano anterior. As tendências de compra passaram, na sua maioria, do físico para o digital, dos websites para as aplicações e, até mesmo, para as redes sociais, mas mantendo a loja física como ponto de referência.

Como resultado, tornou-se fundamental que os retalhistas portugueses combinassem, ainda mais, os seus ambientes físicos e digitais para oferecerem uma experiência sem falhas, sem depender de nenhum canal particular e, acima de tudo, colocando o cliente sempre em primeiro lugar. Dentre as principais preocupações das empresas encontra-se a oferta de uma experiência de pagamento otimizada (82%), bem como a utilização de aplicações para agilizar a experiência de compra do cliente (81%).

O Retail Report da Adyen 2022 analisou ainda a distribuição das vendas dos retalhistas portugueses por canal. Os dados mostram que as compras online voltaram a ganhar terreno, sendo este o ambiente de compras preferido dos portugueses (61%). De entre os vários dispositivos, os smartphones (60%) e computadores (69%) encabeçam a lista de preferências, seguidos por 15% que recorrem a tablets para realizar as suas compras. Através deles, 7 em cada 10 inquiridos preferem fazer as suas encomendas nos websites das marcas, e 5 em cada 10 utilizam as respetivas aplicações de compras. As redes sociais são o canal menos utilizado.

Tecnologia e inovação para um comércio mais unificado

As empresas de sucesso são aquelas que conseguem combinar o físico e o digital para criar uma experiência fluida. Nos últimos três anos passámos do físico ao digital, regressamos ao físico para depois voltarmos ao online, o que representa um verdadeiro desafio para os retalhistas no momento de definição da sua estratégia.

Olhando para as mudanças que decorreram dos últimos dois anos, bastante atípicos por sinal, os retalhistas, mas sobretudo os consumidores, tiveram de se adaptar a novas realidades que já não podem ser revertidas, nomeadamente, a utilização dos canais online e offline. O que antigamente se processava apenas online ou em loja física, tornou-se agora na recolha em loja, devoluções multicanal, os corredores infinitos, os pedidos de refeições através de aplicações, os serviços pay-at-table, entre muitas outras opções. A isto junta-se o facto de aparecerem constantemente novos canais de venda.

Os portugueses reconhecem o esforço feito pelos retailers, com 94% a considerar que as marcas têm feito um bom trabalho na adoção de novas tecnologias. 35% vai ainda mais longe e gostaria que as marcas utilizassem tecnologias avançadas como a realidade aumentada, a realidade virtual e os espelhos inteligentes para melhorar a experiência de compra. Já 8 em cada 10 retalhistas atribuem maior importância à disponibilização de novos canais digitais para o envolvimento do cliente e 6 em cada 10 considera que os assistentes de loja precisam de tablets ou dispositivos móveis para atender melhor os clientes e a possibilidade de implementar experiências digitais nas suas lojas.

Segurança e métodos de pagamento: as chaves para o sucesso

O controlo das fraudes nos pagamentos online é um processo complexo que requer revisões e atualizações constantes. Dispor de uma plataforma financeira inteligente que permita a cada comerciante adaptar o controlo do risco é essencial para evitar quebras de segurança ou comportamentos de risco.

64% dos retailers afirma estar preparado para lidar com a fraude, talvez porque quase metade detetou mais fraude durante o último ano, com os setores da hotelaria (70%) e eletrónica (60%) a liderar o gráfico. De igual forma, e em contraste com 2021, o número de empresas que afirmam ter identificado novos tipos de fraude é agora de 55% em comparação com os 27% que figuravam no nosso último relatório, tendo sido mais detetada nas empresas que operam nos sectores do luxo, mobiliário e decoração, e hotelaria.

Por sua vez, do lado dos consumidores, 9 em cada 10 nomeiam a autenticação dupla do cartão como uma boa forma de controlar a fraude, uma vez que é mais seguro e confortável quando estes verificam os seus pagamentos. Em contraste, apenas 4% admite ter abandonado uma compra devido a falhas nesta etapa do processo. Esta percentagem reduzida é a mesma que refere que o seu banco não requer um passo adicional de autenticação e que isso é mais, de facto, mais cómodo para eles.

A aposta no futuro do Retalho

Quando questionadas sobre quais as expectativas do setor para os próximos 3 anos, as empresas portuguesas mencionaram que os consumidores vão querer comprar cada vez mais em canais digitais (58%), que a instabilidade económica exigirá uma redução dos custos (67%) e que as lojas físicas serão demasiado caras para funcionar (54%).

Principais conclusões sobre o futuro do setor retalhista em Portugal:

Os telemóveis vão consolidar a sua posição como o dispositivo de compras preferido. De acordo com os dados do estudo, os retalhistas portugueses (67%) consideram que os seus clientes estão a utilizar cada vez mais os seus dispositivos móveis para fazer compras.
O preço dos bens continua a ser mais importante do que a conveniência da experiência de compra, contudo, 68% dos consumidores inquiridos afirma que deixará de fazer compras em lojas onde não foram bem tratados.

Apenas 2 em cada 10 portugueses opta por fazer pagamentos através de cartões/dinheiro vivo sem contacto/digitais.

Os retalhistas que vendem eletrónica (90%), moda (83%) ou hospitalidade (80%) são os que adotaram os métodos de pagamento digitais preferidos pela Geração Z e Millennials: os e-wallets.

5 em cada 10 consumidores valoriza o facto de os comerciantes estrangeiros permitirem utilizar o seu método de pagamento preferido nas suas viagens. Ter disponíveis métodos de pagamento locais, independentemente do país em que se pretende operar, é essencial para compreender a relevância do comércio unificado, de forma a tornar o pagamento o mais simples e personalizado possível.

Aumento da procura de experiências phygitais: 8 em cada 10 retalhistas têm como objetivos melhorar as opções de entrega e otimizar a viagem do cliente através dos múltiplos canais de venda, e 6 em cada 10 consumidores admitem ser mais leais a uma marca que lhes permita comprar online e devolver em loja.

Lealdade obtida através de uma maior personalização das promoções e ofertas: atualmente 81% dos consumidores portugueses afirma tirar maior partido dos descontos, ofertas e programas de fidelidade face à incerteza económica. Da mesma forma, 79% espera agora por períodos de saldos ou vendas especiais para fazer compras e 70% descarregaria a aplicação de um retalhista para receber melhores bónus ou recompensas de fidelidade.

Turismo Centro de Portugal promove discussão sobre Caminhos de Santiago no Centro de Portugal

A Turismo Centro de Portugal organiza, nos próximos dias 19 e 20 de dezembro, dois colóquios centrados na importância do produto turístico Caminhos de Santiago no Centro de Portugal.

Os colóquios terão lugar na Mealhada e na Covilhã e propõem uma reflexão sobre a Estruturação, o Conhecimento, a Experienciação e a Dinamização dos vários traçados do Caminho Português de Santiago, com ênfase na importância deste produto turístico para as economias locais.

A primeira ação, no dia 19, terá lugar no Cineteatro Messias, na Mealhada, município que se encontra no percurso do Caminho Português Central. No dia seguinte, o palco será o auditório da Assembleia Municipal da Covilhã, cidade onde passa o Caminho Português Nascente.

As inscrições são gratuitas e obrigatórias, nas seguintes ligações:
Colóquio na Mealhada, 19/12 – https://bit.ly/caminhosMealhada
Colóquio na Covilhã, 20/12 – https://bit.ly/caminhosCovilha

Os trabalhos decorrerão no período da manhã, entre as 10h00 e as 13h00. À tarde (15h00 – 16h30) haverá uma parte prática, com uma pequena caminhada num troço do Caminho Português de Santiago, pelo que se aconselha que os participantes vão equipados para o efeito.

A iniciativa é dirigida à comunidade e às entidades públicas e privadas locais e regionais. Contará com oradores e participantes das áreas da cultura, da espiritualidade, do turismo e do património, que vão dialogar sobre estas temáticas e as suas perspetivas de desenvolvimento futuro na região Centro de Portugal.

Os colóquios acontecem no âmbito do projeto transfronteiriço “Caminos – Caminhos Jacobeus do Oeste Peninsular” (POCTEP Interreg) e contam com o apoio dos municípios da Mealhada e da Covilhã.

Caminho Português tem cada vez mais procura

O Caminho de Santiago tem vindo a ser alvo de um grande interesse por parte dos visitantes, com um número crescente de peregrinos a chegar a Santiago de Compostela. De acordo com os dados da Oficina do Peregrino, tem sido notório o aumento de peregrinos no Caminho Português, com repercussão na economia local, nomeadamente nos setores do alojamento e da restauração. A Turismo Centro de Portugal está apostada na valorização deste traçado de itinerário cultural e religioso.

O projeto transfronteiriço Caminos – Rede Transfronteiriça de Caminhos Jacobeus do Oeste Peninsular engloba 10 parceiros espanhóis e 3 parceiros portugueses e tem como principal missão a divulgação dos diversos traçados do Caminho de Santiago, bem como o fomento dos seus valores naturais e culturais e do seu potencial turístico.

Procura também proporcionar um maior contacto entre os agentes territoriais, de modo a criar sinergias com todos os agentes sociais e económicos ligados ao Caminho, melhorar os equipamentos, a sinalização e a aplicação das TIC aos traçados, para os dotar das infraestruturas necessárias, incrementando assim a oferta cultural de carácter transfronteiriço.

Pretende, ainda, criar condições para o aumento do número de viajantes e peregrinos nos diferentes caminhos jacobeus do oeste peninsular, propiciando o desenvolvimento económico de ambos os territórios através dos recursos associados ao turismo, aumentando a competitividade da zona, com o aumento do emprego no sector turístico e a melhoria da qualidade dos serviços e produtos turísticos transfronteiriços.